quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Capítulo 8 - 2º interregno: a encruzilhada

Sentou-se em frente ao computador que era novo no fim-de-semana que era curto. Releu tudo o que tinha sido escrito e teve pena que o projecto estivesse parado. Às vezes uma fraqueza estraga tudo.

Tinham 6 personagens

  • Clara, uma romântica inabalável, mas fútil e egocêntrica que tinha sido abandonada na Conservatória no dia do casamento;
  • Ana Bettencourt, forte e determinada mas frustrada e a viver na sombra de Clara;
  • Gonçalo, irmão de Clara acerca do qual não se sabe muito, apenas que é irascível e super protector da mana
  • Os pais de Clara, conservadores. A mãe é uma doméstica frustrada e socialite, e o pai é um “Hot shot” talvez advogado ou arquitecto.
  • David Brown, detective privado, o noivo desertor é um Don Juan, do tipo paradigmático, que usa esse factor a favor do seu ofício.
  • “Contacto”, a cliente de David.


    E tinham uma série de questões pendentes:
    - Porque é que alguém contrataria David Brown?
    - Porque é que o relógio de sala da casa de Clara fora o único que não fora adiantado?
    - Porque adiantou David os relógios, no dia do casamento?


    Embora a história estivesse parada, ela já desconfiava exactamente o que é que se passava naquele cambalacho…

    Por exemplo...
    Porque é que um tipo chamado David Brown trabalharia em Portugal?...

    Decidiu então colocar mais um tijolo na fundação do edifício, ciente que essa atitude poderia custar-lhe o empenho do seu amigo… Respirou fundo, esperando não ser mal interpretada como estando a “chutar” o colaborador que tanto prezava e procurou abrir uma saída naquele beco.